Petição pelo Dia Nacional de Luta contra as Queimaduras

XIII Congresso Nacional de Queimados

O XIII Congresso Nacional de Queimados, irá realizar-se nos próximos dias 13, 14 e 15 de junho, na Guarda.

Terá lugar no Auditório Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), Parque Industrial.

Para mais informações, aceda AQUI.

Descarregue o programa em PDF, AQUI.

CONSIGNE 0.5% IRS

Decida o destino de parte dos seus impostos!
Ao preencher a sua declaração de IRS pode ajudar sem qualquer custo a AAQ a melhorar a qualidade de vida das pessoas queimadas.
NIF: 503629553

 

O Guia dos Direitos do Doente Queimado

 

A AAQ leva assim à prática um dos seus principais objetivos que é o de lutar por conseguir um melhor tratamento e reintegração sócio laboral das vítimas de queimaduras.

XVI Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Queimaduras

17 de junho - Hotel Eurostars Oásis Plaza – Figueira da Foz

Como apoiar

Torne-se sócio, voluntário ou faça um donativo.

Testemunhos

Desistir??? Nunca!!!
Lutar??? Sempre que as minhas forças o permitirem assim o farei sempre e para sempre.
Conseguir??? A vida é feita de conquistas.
Perder??? Nunca fez parte de mim.
Força??? Sempre fui forte e batalhadora durante 18 anos e não é agora que vou deixar de ser.
Fraqueza??? Não conheço essa palavra.
Amiga??? Do meu jeito mas sempre fui.
Olhares de canto??? Sempre me olharam e muitas vezes eu perguntava e pergunto a essa gente se quer um bilhete (bilhete de circo).
Críticas??? Sempre as recebi, mas isso fez de mim mais forte.
Elogios??? Sempre os recebi, mas isso não faz de mim convencida.

Pareço forte por fora, mas muitas vezes dá-me uma "espécie de ataque" em que penso que não tenho mais forças para lutar contra as minhas limitações, contra os meus defeitos físicos. Mas lá no fundo há sempre uma força que me faz reatar a esperança e que me diz que para a frente é que é o caminho. O tempo passa, mas acredito que esse dia irá chegar, o dia em que o meu maior sonho se concretizará, o dia em conseguirei fazer com que todos olhem pra mim de maneira igual.

Muitas vezes escondia-me debaixo dos lençóis e cobertores da cama para não sair de casa, muitas vezes a minha mãe dizia para eu ir espairecer um pouco, dar um passeio pela vila e eu simplesmente dizia que não queria. Muitas vezes os meus irmãos me apanhavam triste no quarto e não sabiam o porquê de eu estar assim (principalmente a Irina). Várias vezes não saía à rua por medo de olhares e críticas de desconhecidos, simples idosos e idosas que quando passavam por mim e olhavam, eu passava-me completamente, simples crianças que jogavam à bola, mas que quando eu passava paravam. São simples coisas das quais eu ainda não me desfiz e de que não me desfaço facilmente, coisas embaraçosas que nunca se esquecem, coisas que magoam psicologicamente, coisas que irritam, comentários como por exemplo “olha aquela menina sem mão” ou “olha aquela queimadinha” ou “olha, aquela miúda é diferente”.

Em Janeiro, também fui à escola de condução ver se conseguiria tirar a carta de condução de alguma maneira e quando o homem me viu disse logo "ela não vai conseguir" e naquele momento só me apetecia pegar na cabeça dele e espetá-la contra a parede. São simples comentários que independentemente de serem pequenos ou grandes afetam bastante o individuo que os houve e certas pessoas que os fazem não se apercebem disso. A insensibilidade dos outros em relação às pessoas portadoras de deficiências e queimaduras em certas partes do corpo é muita hoje em dia. Muita gente nos tenta rebaixar, só que quem é forte tropeça, mas não cai, dependendo de quantas pedras poderemos apanhar no percurso que fazemos. Tenho defeitos físicos e é só isso que tenho de diferente, de resto tenho olhos, nariz e boca como toda a gente tem. Não sou "anormal" como várias pessoas pensam.

Tatiana Caridade